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Adaptação Postural

Por: a redação

Dr. Adriano Borges Amaral

É importante que um paciente entenda por que um grupo muscular vai adaptar-se a determinadas condições e quais as variáveis envolvidas nesse mecanismo.

Embora o fisioterapeuta esteja habituado a identificar uma retração muscular e a orientar exercícios de alongamento, com o objetivo de impedir a instalação de uma retração ou como tratamento de um encurtamento muscular já estabelecido, ele não entende os mecanismos envolvidos na resposta muscular consequente à sua intervenção. Assim sua avaliação e intervenção ficam limitadas.

As fibras musculares esqueléticas apresentam plasticidade, ou seja, possuem capacidade de adaptação a determinados estímulos, alterações das condições hormonais, etc.

Trabalhos experimentais realizados nas décadas de 60 e 70 identificaram que o músculo aumentava seu comprimento por meio de adição de sarcômeros ao longo das fibras musculares. Neste período, já era considerada a hipótese de adaptação das fibras musculares esqueléticas a diferentes graus de extensão com provável remoção ou adição no número de sarcômeros em série; conforme a demanda funcional e o grau de extensão a que o músculo é submetido.

Estudos posteriores mostraram que a imobilização dos músculos em posição alongada acarreta aumento no comprimento muscular pela adição no número de sarcômeros em série.

Estudos mais recentes realizados em músculos de coelho, identificaram, 6 dias após imobilização em posição alongada, hipertrofia, aumento no conteúdo total de Insulin Grow Factor I, aumento no percentual de fibras que expressam miosina do tipo I e miosina neonatal.

Todos os estudos que tiveram por objetivo compreender o mecanismo de desenvolvimento e adaptação do músculo esquelético permitiram algumas importantes conclusões.

a) O músculo adapta-se a alterações em seu comprimento por meio da regulação do número de sarcômeros em série;

b) A posição (encurtada ou alongada) em que o músculo é mantido é fator determinante na regulação do número de sarcômero em série (diminuindo ou aumentando, respectivamente)

c) Embora a adaptação das fibras musculares ocorra tanto em posição de encurtamento como do alongamento, a resposta em relação ao número de sarcômeros é mais intensa na posição encurtada (redução de 40% do número de sarcômeros em série) do que a posição alongada (aumento de 20% no número de sarcômeros em série).

d) O grau de atrofia muscular observado durante a imobilização é maior no grupo encurtado.

e) A posição de alongamento, além de impedir o encurtamento e a atrofia muscular, ativa a síntese protéica e a adição de sarcômeros em série.

         É de extrema importância para o Profissional fisioterapeuta e para os pacientes entenderem esse mecanismo e como este conhecimento pode e deve ser aplicado no seu dia a dia.

• Dr. Adriano Borges Amaral
Terapeuta Manual
(atua com os mais diversos métodos de terapia manual)
Fisioterapeuta
Professor de Educação Física
Especialista em Fisiologia do Exercício
Mestre em Ciências do Movimento
Professor Universitário
Docente de Cursos de Terapias Manuais
Diretor Clínico da AFA Fisioterapia e Reabilitação
Criador do Protocolo Adriano Amaral para Cura da Hérnia Discal
Mentor e Criador do Método Toque Mágico de Terapia Manual
Idealizador e Instrutor do Programa Magic Therapy Training


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