Março é um mês recheado de história de mulheres fortes e que mudaram a própria vida para cuidar dos filhos, e Michelli Freitas, analista de comportamento e psicopedagoga, é uma delas. “Demoramos mais de dois anos para ter certeza que nosso filho era autista, mesmo morando em Goiânia, uma cidade grande e com recursos”, conta o advogado Diogo Freitas, marido de Michelli.
Em 11 de maio de 2014 descobriram que Diogo Filho, na época com pouco mais de 2 anos, tinha autismo moderado. Michelli que trabalhava na empresa dos pais percebeu que precisava ajudar outras famílias que passam por situações parecidas, e deixou tudo para entrar em outro universo.
Em 2016 criaram uma página no Facebook com o nome “Pedagogia Estruturada”, voltada para produção e a comercialização de materiais pedagógicos estruturados, destinados aos terapeutas e às famílias. Um pouco depois, Michelli Freitas iniciou o atendimento de crianças com atraso no desenvolvimento, quando concluiu a sua graduação em Psicopedagogia, e em 2017 foi lançado o primeiro curso online.
No final de 2017, o nome “Pedagogia Estruturada” foi alterado para Instituto de Educação e Análise do Comportamento (IEAC), sendo criados nesse momento o logo e o Site do Instituto. No ano seguinte o IEAC passou por um grande processo de expansão, com a criação de novos cursos e o lançamento da Pós-graduação em Análise do Comportamento Aplicada, reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), voltada para educadores e familiares.
“É fundamental que nós, enquanto terapeutas, possamos empoderar pais, tornar esses pais seguros de conhecimentos para que saibam quando uma intervenção não está indo bem”, afirma.
Três anos após sua fundação, o Instituto de Educação e Análise do Comportamento (IEAC) se tornou uma empresa com objetivo de capacitar pais e profissionais com o uso da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), por meio do ensino de habilidades de vida, linguagem e desenvolvimento para crianças e adolescentes com atraso no desenvolvimento, como o autismo. “Já passaram pelo IEAC mais de 20 mil alunos. Nós já tivemos alunos brasileiros que moram no Japão e fizeram o curso”, enfatiza.
Estima-se que haja aproximadamente 2 milhões de pessoas autistas no Brasil, atualmente.
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