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Artigo mostra a eficácia do que pode vir a ser o primeiro diagnóstico laboratorial acessível da doença de Alzheimer

Por: a redação

doutora e paciente

No Brasil, de acordo com informações do Ministério da Saúde, divulgadas em 2017, estima-se que 1,1 milhão de pessoas tenham Alzheimer. Alguns dos sinais são falta de memória; repetição da mesma pergunta; dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos; dificuldade para dirigir e encontrar caminhos; irritabilidade; agressividade ou passividade; interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos; isolamento.

Pesquisadores de 4 países, liderados pela Universidade de Lund, na Suécia, publicaram artigo na revista ‘JAMA’ que mostra a eficácia do que pode vir a ser o primeiro diagnóstico laboratorial acessível da doença. O estudo foi publicado no início da semana e apresenta o que pode ser o primeiro exame de sangue capaz de diagnosticar o Alzheimer. Atualmente, a doença é detectada por exclusão e relatos de familiares, com um mapeamento do cérebro feito com segurança após a morte.

De acordo com os autores, o novo teste foi capaz de discriminar a doença sem confusão com outros problemas degenerativos. Assinam o artigo pesquisadores suecos, americanos, colombianos e alemães, liderados por Oskar Hansson e Sebastian Palmqvist, da Universidade de Lund, principal instituição responsável pelo artigo. É importante ressaltar que, de acordo com os cientistas, apesar dos bons resultados, ainda são necessárias mais pesquisas com populações mais diversas e em estudos randomizados – participantes selecionados de forma sorteada, sem influência externa possível nos resultados.

Inicialmente, os pesquisadores queriam responder se o índice de uma proteína encontrada no plasma, a fosfo-tau217, é capaz de diferenciar o Alzheimer de outras doenças neurodegenerativas. De acordo com os especialistas, os níveis da fosfo-tau217 aumentam cerca de sete vezes em caso de Alzheimer e, em indivíduos com o gene que causa a doença, a taxa já começa a aumentar 20 anos antes do início do comprometimento cognitivo.

O estudo observacional incluiu 1.402 pacientes divididos em três grupos e concluiu que é possível usar um teste para analisar o biomarcador (proteína fosfo-tau2017) como forma eficiente de detectar a doença.  Os resultados foram apresentados na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer e publicados na revista “JAMA” simultaneamente.

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