A partir de 14 de junho, quando os jogadores das seleções da Rússia e da Arábia Saudita realizarem o primeiro jogo da 20ª Copa do Mundo de Futebol, os olhos de mais de 2 bilhões de telespectadores estarão nos gramados russos. O vigésimo Mundial de Futebol terá 32 seleções, que disputarão a fase inicial em 8 grupos. Os favoritos ? Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha e França… Essas seleções lideram as apostas nos sites especializados e casas de jogos de Londres e Las Vegas para a conquista do título do Mundial de 2018. Holanda, Portugal e Uruguai, contudo, podem surpreender.
A Alemanha, vencedora de 4 Copas (1954, 1974, 1990 e 2014) é o time mais bem montado da Europa e principal favorito ao título na Rússia. Venceu a Copa das Confederações da Rússia em 2017, que sempre é uma preliminar do futebol que será mostrado no mundial. Comandada pelo técnico Joachim Löw, veterano da vitória alemã no Brasil em 2014 – os famigerados 7 x 1 – e que tem à mão novos talentos do futebol alemão e alguns remanescentes da última Copa. A Seleção da Alemanha conta com o goleiro Manuel Neuer; o zagueiro Boateng; os atacantes Mario Gomez e Timo Werner; e os meio-campistas Mesut Özil e Julian Draxler. O atacante Mario Götze, que fez o gol na final de 2014 contra a Argentina, não foi convocado. O jogador brasileiro Ronaldo “fenômeno” disse recentemente que a Alemanha é favorita para faturar o título. Se vencer na Rússia, a Alemanha igualará ao Brasil como seleção pentacampeã Mundial de futebol.
O Brasil foi a primeira seleção a se classificar durante as eliminatórias. Sob o comando do técnico Tite e com os atacantes: Neymar (Paris Saint-Germain) e Gabriel Jesus (Manchester City) como destaques. O Brasil pode surpreender, uma vez que já venceu 5 Copas do Mundo (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) e foi muito bem nas eliminatórias, com 12 vitórias, 5 empates e apenas uma derrota. Apenas 3 dos 23 convocados da seleção brasileira jogam em nosso País: o goleiro Cássio e o lateral Fagner (Corinthians) e o zagueiro Geromel (Grêmio). Só do time inglês Manchester City foram quatro convocados (Gabriel Jesus, Danilo, Fernandinho e Ederson).
A Argentina, bicampeã Mundial (1978 e 1986) e vencedora de 14 edições da Copa América, comandada pelo técnico Jorge Sampaoli, pode chegar com pretensões ao título. Os argentinos têm como destaques os atacantes: Lionel Messi (Barcelona) e Gonzalo Higuaín (Juventus de Turim) e o meio-campista Ángel Di Maria (Paris Saint-Germain). A Argentina não foi bem nas eliminatórias, classificando-se apenas em terceiro lugar na chave sul-americana.
Já a Espanha, com uma nova geração de jogadores que substituíram a maioria dos veteranos campeões mundiais de 2010 (Copa da África do Sul) chega como favorita para conquistar seu segundo título. Venceu 9 dos 10 jogos que disputou nas eliminatórias para a Rússia e é comandada pelo técnico Julen Lopetegui. Em amistoso realizado dia 27 de março, a Espanha massacrou a Argentina por 6 a 1. Os destaques são: o lateral-esquerdo Marcos Alonso (Chelsea) e o atacante Diego Costa (Atlético de Madri), brasileiro, mas naturalizado espanhol.
A França, campeã mundial de 1998 e vencedora de duas Eurocopas (1984 e 2000), teve um bom desempenho nas eliminatórias, vencendo 7 jogos, empatando dois e perdendo um. Os franceses irão para a Rússia com um time jovem e renovado, comandado pelo técnico Didier Deschamps.
Outras seleções que poderão surpreender são Portugal, que conquistou a Eurocopa de 2016 e tem no atacante Cristiano Ronaldo (o “CR7”) a sua principal arma; e o Uruguai, que embora vencedor de dois Mundiais há muito tempo (1930 e 1950) foi bem nas eliminatórias, ficando atrás apenas do Brasil.
A grande ausência na Rússia 2018 é a Itália, tetracampeã Mundial de futebol (1934, 1938, 1982 e 2006), que fez uma campanha medíocre e não se classificou. A seleção do Chile, que foi vice-campeã da Copa das Confederações de 2017, também não superou as eliminatórias.
A anfitriã Rússia investiu aproximadamente R$ 40 bilhões (9 bilhões de euros), que superam os R$ 25,5 bilhões gastos na Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Os jogos serão disputados em 12 estádios, dos quais 9 novos foram construídos para o evento e apenas 3 reformados. Do total de investimentos, 57 % partiram do governo federal russo. A arena onde ocorrerão as partidas inicial e final da Copa é o Estádio Luzhniki (antigo Estádio Central Lenin) de Moscou. A principal arena moscovita tem a capacidade para receber 81 mil torcedores. O estádio foi inaugurado em 1956, durante a era comunista, quando tinha a capacidade para receber mais de 100 mil torcedores. Moscou, maior cidade russa e segunda maior da Europa, tem 11 milhões de habitantes e sediará 12 jogos da Copa.
Os jogos serão disputados em 11 cidades, quase todas na parte europeia da Rússia. A exceção é Ecaterimburgo, cidade que fica na parte oriental dos Montes Urais e é porta de entrada da Sibéria.
A trajetória da Seleção brasileira !
O Brasil é cabeça de chave do Grupo E, e jogará contra Suíça, Sérvia e Costa Rica na fase inicial. O primeiro jogo do Brasil será em 17 de junho na Arena Rostov, cidade de Rostov-do-Don, sul da Rússia. A seleção brasileira ficará concentrada no balneário de Sochi, no Mar Negro, em um resort 5 estrelas. O segundo jogo do Brasil será contra a Costa Rica, em São Petersburgo, dia 22 de junho; e a terceira partida será contra a Sérvia em Moscou no dia 27.
Caso se classifique, o Brasil poderá jogar as oitavas de final nas cidades de Samara ou São Petersburgo e as quartas de final em Kazan ou Samara. As semifinais serão disputadas em São Petersburgo e Moscou e a final em Moscou, dia 15 de julho.
A expectativa do governo russo é receber 1,5 milhão de turistas durante a Copa. Para o país, o número de turistas não é grande, uma vez que 16 milhões de turistas costumam visitar a Rússia a cada ano; o presidente russo Vladimir Putin, contudo, espera que o evento sirva para mostrar ao mundo o papel de líder emergente que a Rússia passou a desempenhar a partir da década passada, quando sua economia se recuperou da recessão dos anos 1990 e da Era Yeltsin, logo após o fim da União Soviética e a dura transição para uma economia capitalista.
A seleção vencedora da Copa da Rússia receberá um prêmio de US$ 400 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão, ao câmbio atual) da FIFA, valor 12 % maior que o recebido pela Alemanha no Brasil em 2014.
No Brasil, todas as partidas serão transmitidas pela Rede Globo e pelo canal SporTV e pela Fox Sports Brasil. Na Rússia, todos os jogos terão serviço de áudio-descrição para pessoas com deficiências visuais e em russo. Apenas os jogos disputados na Arena Luzhniki de Moscou e no Estádio Krestovsky, em São Petersburgo, terão áudio-descrição em russo e inglês. O serviço foi usado com sucesso na Copa de 2014 nos estádios de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Todos os estádios e Arenas para a Copa 2018 na Rússia contam com total acessibilidade. Tanto internamente, quanto em seus entornos. Pelo menos é o que a imprensa especializada diz antes do início do evento. Vamos acompanhar e ver durante a Copa e depois dela.
