logo revista reação
Pesquisar

Colégio Elo e a sociedade: a escola e a inclusão

Por: admin

A Escola Elo, antes conhecida como Escola Livre Opção, surgiu como uma cooperativa de pais que buscavam boa educação aos filhos com preço justo e hoje ocupa o título da 2ª melhor escola do Vale do Paraíba, segundo o ENEM. A instituição fica na Vila Bethânia, em São José dos Campos/SP. Oferece instalações amplas com cerca de 5 mil m², aulas dinâmicas e experienciais divididas em 30 aulas semanais. É a primeira escola da região com 100 % de energia renovável.

Para a diretora pedagógica Telma Camargo: “pensamos na escola como o primeiro grande grupo social em que a maioria dos indivíduos é inserida, torna-se claro compreender a importância dela no ato de incluir. Incluir significa, neste caso, que todos os membros da sociedade participem efetivamente desta, independentemente de suas particularidades. É respeitando a diversidade, dar ferramentas que equiparem todos de modo a terem as mesmas oportunidades. Primeiramente a equipe escolar precisa ter o verdadeiro olhar para o outro, a habilidade de percebê-lo, detectar suas características, mesmo quando não evidentes, e então captando o ser humano por trás das diferenças, recebê-lo de modo acolhedor. Junto com esse olhar é preciso capacitar toda a equipe escolar, pedagógica, administrativa e operacional, através não só da seleção de profissionais que já tenham formação prévia, mas também através do investimento na formação continuada. É imprescindível ressaltar que as estratégias traçadas devem ser revistas continuamente e adaptadas a cada caso, que assim como todo o planejamento pedagógico é dinâmico e nunca deve se dar por fechado. Feito isso, é estabelecido um conjunto de estratégias que permitam a inclusão do sujeito, lembrando que ele pode ser um aluno, mas também pode ser um funcionário ou familiar de aluno”.

O crescimento notório da escola levou à mudança de instalações cada vez maiores, o que não afastou o comprometimento com o modelo didático implantado, que ainda permanece intacto, ressaltando que o Colégio foi a primeira escola do estado a adotar o Sistema Ari de Sá que une vivência, valores éticos e respeito aos direitos humanos.

Segundo a Telma: “quebrar tabus é necessário, fugir da estereotipia e deixar de fechar os olhos para aquilo que muitas vezes não é considerado inclusão. O cadeirante,  o portador de espectro autista, mas também o aluno obeso que não se sente bem entre os colegas, o muito magrinho e fraquinho que nunca é escolhido para jogar futebol, o aluno extremamente disperso, mas que não apresenta laudo e muitas vezes é tido como desinteressado ou indisciplinado e deixado de lado. Todo aquele que encontra barreiras que dificultam sua inserção na sociedade ou comprometem sua aprendizagem, deve ser visto como alguém que necessita de suporte para ser incluído no grupo de modo amplo e efetivo. Voltamos aqui à necessidade do olhar atento e moldado pela formação para livrar-se de conceitos pré-concebidos. Devemos nos lembrar de que incluir uma pessoa significa dar a ela condições de dominar o espaço e os materiais com o maior índice de autonomia possível, ou seja, apresentar prédios com rampas, elevadores, mesas e cadeiras adaptadas, assim como o banheiro, bebedouros, canudos, lentes de aumento etc”.

A instituição tem como compromisso com os pais, corpo discente e docente e funcionários, oferecer uma educação neo-humanista fundamentada nas relações pessoais e interpessoais, nos valores como o respeito, afeto, conquista da autonomia e o desenvolvimento intelectual que tornará o aluno apto para avançar sempre na sua aprendizagem.

Telma Camargo afirma que: “a inclusão pedagógica muito avançou, mas ainda tem muito a caminhar. O objetivo é preparar o sujeito para a vida fora da escola, tornando-se autônomo e funcional, por isso, mais do que ensinar conteúdos, ensinamos a relacionar-se. A Elo Educacional fundamentada nessas afirmações, desenvolve a inclusão com seriedade e respeito aos seus alunos. Na última festa junina, os alunos com necessidade especiais devido à mobilidade, participaram de forma plena e feliz. As professoras valorizaram a coreografia e o espaço, permitindo assim a verdadeira inclusão. Essa ação se repete em outros eventos, como por exemplo, no Sarau, onde todos se apresentam, sempre incluídos no contexto apresentado. Nas aulas de Educação Física, as aulas também são realizadas de acordo com o grupo e com a inserção do aluno na rotina das aulas. Sempre acreditamos no potencial do aluno, promovendo o seu crescimento de acordo com o que ele pode alcançar. Nem mais e nem menos, somente o aluno que faz parte do mundo como você e eu, como todos nós. A inclusão não é um ato de amor, nem assistencialista, mas a postura correta que todo educador deve assumir, pois a educação é meio de transformação de vidas e o educador é agente dessa transformação”.

Pular para o conteúdo