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Com investimentos fixos no paradesporto e aposta na inclusão, Secretaria Especial do Esporte divulga importantes números no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

Por: Marcos Neves

No dia 3 de dezembro quando o mundo celebra o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o esporte paralímpico se mostra ainda mais forte como um caminho eficiente na busca por inclusão em nossa sociedade.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 10% da população mundial possui algum tipo de deficiência. No Brasil, segundo dados do IBGE, são 12 milhões de pessoas. Para Erinaldo Chagas, secretário Nacional substituto do Paradesporto, o esporte surge como um aliado na promoção e na luta por melhores condições.

“O esporte amplia a capacidade das pessoas com deficiência, fortalece sua dignidade e permite caminhar efetivamente na construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e solidária, que possibilite a todos a igualdade de oportunidades”, afirma o secretário. Nesse sentido, os investimentos federais no esporte confirmam que a prática esportiva é, sim, um catalisador poderoso de inclusão.

Atualmente, dos 274 atletas que recebem a Bolsa Pódio, a mais alta categoria do Programa Bolsa Atleta, 167 (61%) são de modalidades paralímpicas. Dos R$ 36,72 milhões investidos na Bolsa Pódio anualmente, R$ 23,076 milhões (62,8% do total) são destinados por ano aos atletas paralímpicos.

Ao todo, o Programa Bolsa Atleta, uma das maiores iniciativas de patrocínio direto a esportistas do mundo, contempla atualmente 1.505 atletas paralímpicos, em 27 modalidades, em um investimento anual de mais de R$ 40,85 milhões. São 554 bolsistas no feminino e 951 no masculino, divididos entre os 1.338 inscritos nas categorias convencionais do Bolsa Atleta e os 167 beneficiados com a Bolsa Pódio.

Os investimentos ajudaram a tornar o Brasil uma potência esportiva em âmbito mundial. Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o país teve a maior delegação de sua história, com 286 atletas, sendo 90,9% bolsistas. Foram 72 medalhas conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, além de 99 finais disputadas. Todas as medalhas foram conquistadas por atletas que recebiam o apoio da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

No ciclo para os Jogos de Tóquio 2020, a força do Bolsa Atleta ficou clara mais uma vez nos Parapan-Americanos de Lima 2019, no Peru, o maior evento multiesportivo antes dos Jogos no Japão. O Brasil protagonizou um resultado histórico e chegou ao topo do quadro de medalhas, com 308 pódios. Foram 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Do total de medalhas, 287 (93,18%) foram conquistadas por atletas contemplados pelo Bolsa Atleta.

“Para nós, o esporte paralímpico é motivo de orgulho. Nossos atletas são respeitados em todo o mundo e sempre honram as cores de nosso país. Mas o esporte paralímpico vai além do alto rendimento. O que queremos e para isso trabalhamos é que nossas crianças e jovens com deficiência possam ter acesso à prática esportiva e tenham a chance de, por meio do esporte, viverem uma vida plena”, afirma o secretário Especial do Esporte, Marcelo Magalhães.

Inclusão em outras frentes

O Ministério da Cidadania não atua apenas no campo esportivo quando se trata de pessoas com deficiência. Em setembro deste ano, por exemplo, a Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação – SAGI, em parceria com a Secretaria Nacional de Assistência Social, ambas integrantes da pasta, lançaram a publicação digital Proteção e Promoção Social de Pessoas com deficiência no Brasil: uma abordagem a partir de indicadores sociais e relatos de caso.

A obra, que teve como objetivo aprofundar o conhecimento sobre as pessoas com deficiência no Brasil, pode ser acessada virtualmente e traz uma série de dados que dão a noção precisa de quem são, onde estão e como vivem as pessoas com deficiência em nosso país.

Os investimentos do Governo Federal com repercussão direta na qualidade de vida das pessoas com deficiência também estão presentes em outros programas do Ministério da Cidadania. No Cadastro Único do Governo Federal há mais de 4 milhões de pessoas com deficiência registradas. No Bolsa Família são 900 mil pessoas atendidas. No Benefício de Prestação Continuada, são 2,6 milhões.

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