Pesquisa da Fiocruz, em parceria com UFMG e University College London, observou mais de 5 milhões de crianças de 3 a 10 anos. As crianças no Brasil estão mais obesas, segundo essa pesquisa. Foi o primeiro estudo a analisar o peso e a altura de crianças em uma trajetória de tempo e com um grupo tão extenso no Brasil. O resultado foi publicado na semana passada. No caso da obesidade, o aumento da prevalência passou de 11,1% para 13,8% entre os meninos e de 9,1% para 11,2% entre as meninas. A prevalência da obesidade reabre a discussão sobre o aumento do consumo de ultraprocessados, e do comportamento, com o sedentarismo por conta da tecnologia. A obesidade infantil é um problema de saúde pública global com graves consequências para a saúde e longevidade na vida adulta. Crianças obesas têm maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como hipertensão, infarto do miocárdio, AVC, além de diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer, doenças respiratórias, entre muitas outras. Ter pais obesos aumenta o risco da obesidade. Para a vida adulta, caso não haja mudanças substanciais na rotina destas crianças, podemos esperar diminuição da expectativa de vida, surgimento de doenças crônicas associadas à obesidade e prejuízos na qualidade de vida, com limitação da capacidade de realizar suas atividades diárias cada vez mais precoce.
Para conferir o estudo completo, acesse o link: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2667193X24000486
