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Desafios dos Recursos Humanos: a maturidade emocional !

Por: hallak

Hoje, assim como milhares de pessoas, temos os inúmeros grupos ocupando memórias do celular, dentre eles temos sempre um da família, outro dos amigos, condomínio, vizinhos, alguns de categorias profissionais e há aqueles que devem ter grupos para algumas futilidades de acordo com suas necessidades.

Em um dos grupos de Recursos Humanos que faço parte observo diariamente as postagens das pessoas que ocupam cargos de gestores, analistas e assistentes de RH e vejo que, independentemente do nível do cargo, há uma imaturidade em muitos profissionais da referida área de RH.

Uma área que implica em inúmeros conhecimentos, pois cada vez mais as empresas estão buscando profissionais com perfil generalista, ou seja, aquele que está dentro da empresa que tem um olhar global das funções, atribuições e dinâmicas de todo o funcionamento corporativo.

O que me espanta como profissional e analista de RH não é o tanto que questões assustadoras que vejo crescendo especialmente por conta da exigência do E-SOCIAL nas empresas e que vem exigindo dos profissionais uma ampliação da sua competência técnica para lidar com tais demandas, mas sim o nível de maturidade profissional, emocional e pessoal que faltam nestes cidadãos formados, ou recém-formados, que ocupam tais cargos que implicam em um conhecimento abrangente para  lidar  com pessoas.

Vejo picuinhas, rusgas entre aqueles que se julgam profissionais, querendo destaque nas publicações, curtidas e compartilhadas, há uma necessidade de exibicionismo para mascarar alguns fracassos.

Por outro lado acompanho debates sem fim e ainda colocações tão imaturas que me frustram enquanto profissional ao ver que um caso de extrema delicadeza é apresentado como um prêmio, um  destaque de carreira.

Pra ilustrar, mantendo o sigilo de outros dados, apontarei abaixo apenas um trecho da conversa:

Analista de RH 1: Pessoal bom dia, estou com um caso de um colaborador que veio pedir demissão, pois quer viajar; informou que está com câncer e que deseja fazer sua ultima viagem.

Analista de RH 2: Nossa …

Analista de RH 3: carinha triste

Analistas de RH 4,5,6,7,8, e outras tantas: carinhas chorando, descabeladas e por aí vai.

Por fim, alguém sensato com que eu pudesse também fazer alguma contribuição, fiquei só observando as “carinhas” sem dialogo, sem intervenção a pessoa humana.

Analista RH 20: Mas você já sabia do caso antes ?

Pronto, aí foi a abertura que eu precisava para ver que tipos de profissionais algumas empresas depositam tanta responsabilidade e possuem tanta imaturidade.

 Pra encurtar a história, a tal analista da questão apresentada não sabia nada, absolutamente nada do colaborador, se quer se tinha um diagnostico fechado, se quer foi capaz de pensar numa estratégia para orientá-lo, assegurá-lo e informá-lo dos possíveis direitos enquanto pessoa e ainda quem sabe orientá-lo sobre a interface junto a Previdência.

A conversa rolou e tudo o que vi foi que a tal analista era tão imatura, pra não dizer incompetente que para ela me parece bastaria ter um “case” para contar.

Fiz minhas considerações partindo de uma “verdade” se assim fosse o tal caso e que inclusive em decorrência do futuro tratamento oncológico e sequelas subsequentes, ela enquanto analista de RH deveria entender sobre a LEI DE COTAS, que poderia reaproveitá-lo se fosse o caso, proporcionando a continuidade da carreira do colaborador, já que, segundo ela, ele gostava muito da empresa.

Quando falei LEI DE COTAS, aí deu outra discussão sem fim, porque entre tantos profissionais naquele grupo quase ninguém sabia nada…

E aí fica o sentido de que ainda há muita coisa para ser feita e que, embora a LEI DE COTAS daqui a pouco esteja obsoleta, ainda assim  tem gente em cargos sem nem entender nada e depois as empresas reclamam das competências e habilidades das pessoas com deficiência, alegando que elas não estão aptas para o mercado de trabalho.

Vamos olhar para dentro de cada empresa e ver o que temos ?

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