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Tabela periódica em Libras ajuda professores a ensinar química para estudantes surdos

Por: a redação

tabela periodica adaptada

A tabela periódica pela Língua Brasileira de Sinais, Libras, criada em formato digital e interativo é o primeiro a ser desenvolvido no país. Responsável pela criação, a professora Alda Ernestina dos Santos, do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) afirma que “tabelas periódicas em Libras são quase que novidade no Brasil, uma vez que as que existem adaptadas são para atender principalmente alunos deficientes visuais. No processo de pesquisa sobre o tema, encontrei três estudos relatando a produção de tabelas em Libras, sendo todas em material impresso. O diferencial do material que criei é que, além de digital, sua interface é totalmente interativa”, afirma a professora, que atua no Campus Bambuí.

O material está disponibilizado gratuitamente em formato PDF.  A tabela pode ser baixada no portal do IFMG ou no site tabelaperiodica.org.

 “Apesar de ter sido criada com o intuito principal de auxiliar professores, a Tabela Periódica Inclusiva é também um interessante material para alunos que desejam aprender a representação em Libras e conhecer as principais propriedades dos elementos químicos. São apresentadas informações importantes como número atômico, massa atômica, distribuição eletrônica, estado físico nas condições normais de temperatura e pressão e o grupo a que pertence. Ao baixar o arquivo e abri-lo, basta clicar em um dos 118 elementos químicos no menu principal para ter acesso à representação em Libras e demais informações sobre o elemento”, comenta Alda dos Santos.

Segundo a professora, existem sinais específicos em Libras para representação de alguns termos da química, mas os elementos químicos são representados basicamente por seus símbolos, que incluem de um a três letras do alfabeto.

“Tive a ideia após participar de um curso online de Libras e também para contribuir na produção de materiais didáticos do Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napnee)”, comenta a professora. O trabalho contou com o auxílio da intérprete de Libras Layse Moura e da professora Vássia Soares, que participaram da revisão dos sinais e do conteúdo técnico, consistiu justamente em representar os símbolos dos elementos dentro da Libras. De acordo com os responsáveis, o projeto foi desenvolvido entre os meses de abril e julho.

A professora Alda dos Santos, afirma que “tenho recebido um feedback muito positivo de diversas instituições que têm adotado o material e nos ajudado na divulgação. Cito como exemplo o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, que incluiu a tabela em seu acervo de materiais didáticos adaptados e recomendou o seu uso à comunidade escolar. Acredito muito no potencial da Tabela Periódica Inclusiva e, por isso, estamos transformando-a em um app para dispositivos móveis. O projeto conta atualmente com a participação de mais dois professores do campus e de um aluno do curso de Engenharia da Computação”.

Fonte: www.maisminas.org

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