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Entidade divulga Manifesto Público e Pedido de Adoção de Providências sobre falta de acessibilidade em notas de R$ 200

Por: a redação

Notas de 200 Reais

“A Organização Nacional de Cegos do Brasil, ONCB,  vem a público manifestar indignação e solicitar a adoção de providências por parte das autoridades constituídas, em virtude de a nova cédula de R$ 200 (duzentos reais) não dispor de requisitos mínimos de acessibilidade que facilitem a identificação por pessoas com deficiência visual.Lançada pelo Banco Central no dia 2 de setembro, a nota integra a segunda família de cédulas do real e, oficialmente, já circula de acordo com a demanda. Porém, diferentemente das notas de 2, 5, 10, 20, 50 e 100 reais, que possuem tamanhos distintos, as novas cédulas chegam ao mercado com o mesmo tamanho das de R$ 20 (vinte reais) e apenas com uma marcação quase que imperceptível”, afirma Alberto Pereira, presidente da entidade.

Ainda de acordo com o Manifesto Público “contando com a participação direta da ONCB e de pessoas e entidades ligadas ao tema da deficiência visual, a conquista, na época, de diferenciação no tamanho das cédulas – critério que passou a compor a segunda família do real – contribuiu para que as notas pudessem ser identificadas com maior autonomia através do tato. Dessa forma, contemplou o conceito de desenho universal, para além de proporcionar mais autonomia e acessibilidade no direito à informação, conforme dispõe a Convenção Internacional Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei Brasileira de Inclusão”.

A entidade apresentou alguns questionamentos:

“Nesse sentido, entendemos que cumpre ao Banco Central:

1 – aclarar a razão de tal retrocesso, que impacta o cotidiano de parte dos sete milhões de Brasileiros cegos e com baixa visão;

2 – adotar as medidas pertinentes para garantir a acessibilidade na cédula de R$ 200 (duzentos reais);

3 – abrir canais permanentes de diálogo e construção coletiva do Banco Central com o segmento de pessoas com deficiência com o objetivo de ampliar a acessibilidade;

4 – considerar a diversidade humana.

Reiteramos que todas as decisões que envolvam a circulação de moeda devem estar em conformidade com os padrões existentes de acessibilidade e inclusão, sob pena de o Estado Brasileiro incorrer em um retrocesso social sem precedentes, passível de denúncia nos organismos internacionais”.

Confira a íntegra do Manifesto Público

https://www.oncb.org.br/wp-content/uploads/2020/09/Manifesto-Publico-sobre-falta-de-acessibilidade-em-nota-de-R200.pdf

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