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Fábio Guimarães

Por: hallak

Empresário, comunicador, oficial da Marinha da reserva, ator e diretor de teatro e  televisão… conhecido no Rio de Janeiro e em todo o Brasil pelo seu projeto BLA – Busco Legados de Acessibilidade e, seu o slogan “não sou cadeirante, mas e se fosse”, ele explica como iniciou sua trajetória no universo das pessoas com deficiência e da mobilidade urbana.

Eclética, batalhadora e visionária. Assim pode ser definida a personalidade e a experiência de vida de Fábio de Seixas Guimarães, que ficou conhecido no Brasil através do Canal TVBLA e dos vídeos que publicou na internet, da série: “Não sou cadeirante, mas… e se fosse ?”. Os episódios, gravados a partir de 2013, foram exibidos por Fábio na Internet e trouxeram, pouco antes da Copa de 2014 e da Olimpíada e Paralimpíada Rio 2016, a questão da acessibilidade – e da falta dela – para os cadeirantes e pessoas com deficiência nas metrópoles brasileiras, mais especificamente no Rio de Janeiro/RJ.

Nascido em São José do Rio Preto/SP, mas carioca por escolha desde 1978, foi para o Rio de Janeiro estudar na Escola Naval e trabalhou na Marinha como Oficial  da ativa até 1995. Depois foi dar aulas no Município – Professor no CIEP do Pavão/ Pavãozinho, em Ipanema – trabalhar com Teatro e Televisão (onde dirigiu durante quase 10 anos o programa Zorra Total, da Rede Globo de Televisão). Fábio Guimarães conversou com a Revista Reação – com quem mantém uma parceria desde 2013 – sobre a sua experiência nessa empreitada no universo da pessoa com deficiência e da acessibilidade:

Revista Reação – Você teve a ideia de usar uma cadeira de rodas em 2013. Por que fez isso e qual foi à repercussão ?

Fábio Guimarães – Na verdade, eu tinha um projeto ligado ao aproveitamento integral de alimentos desde 2008. Com a vinda da Copa do Mundo e da Olimpíada para o Brasil, pensei em fazer um projeto que envolvesse as 12 Capitais da Copa e já trabalhando o Rio de Janeiro que receberia Olimpíada e Paralimpíada. Mas era um projeto megalomaníaco (risos) pois eu queria trabalhar, além da alimentação, o turismo, a segurança, a acessibilidade etc. Daí caí na real, porque não teria braços e resolvi pinçar um item desse projeto, onde eu pudesse começar sozinho. E como a falta de acessibilidade era uma questão que “gritava” e grita nos meus ouvidos, resolvi começar por ela. Pela “busca de acessibilidade”.  Então, a primeira pessoa que pensei procurar um apoio, foi meu primo Beto – Carlos Roberto Seixas – Médico em São José do Rio Preto. E ele foi bem direto: “Fábio, se você quiser saber algo sobre a acessibilidade precisa sentar numa cadeira de rodas e sair aí por Copacabana, por exemplo, para ver quais são as dificuldades, Porque eu lembro que quando estive aí no Rio, a maior dificuldade foi conseguir ir num restaurante comer. E foi naquele 13 de junho de 2013, no mesmo dia em que estouraram as manifestações no País contra o aumento das tarifas de ônibus que decidi que eu tinha que fazer algo. Aí aproveitando a “consultoria” do Beto – que é usuário de cadeira de rodas – discutimos sobre alguns nomes e resolvi criar  o projeto BLA – Busco Legados de Acessibilidade. Como eu não queria passar nenhuma impressão de que fosse um cadeirante mesmo, porque não sou, até para não correr o risco de ser linchado na rua (risos) por parecer estar enganando as pessoas, foi que veio a ideia de colocar alguns dizeres na cadeira ou na minha camiseta. Daí nasceu a pergunta que usei, como slogan primeiramente, na frente da minha camiseta: ‘Não sou cadeirante, mas… e se fosse ?’. Quando estive em Nova York, em maio daquele ano, vi um blogueiro na rua, de bike, com câmeras GoPro e microfone presos a sua bicicleta. Perguntei a ele o que fazia com aquele equipamento daquela forma ? Respondeu que fazia reportagens na rua para seu blog e vendia conteúdo para uma TV. Isso ficou registrado para mim, principalmente porque tinha trabalhado na TV e, portanto, fazia parte da minha “praia”. Bom, comecei a me locomover de cadeira de rodas pelas ruas das cidades gravando e fotografando tudo que via de acessível ou não. Muitas esquinas sem meio fio rebaixado, calçadas esburacadas, pedras portuguesas – malditas pedras portuguesas – soltas, postes no meio das calçadas etc. Lembro que um dia fui em Duque de Caxias, na baixada Fluminense fazer uma visita a uma empresa de equipamento para surdos. De repente vi que tinha rebaixamento (rampa) de um lado de uma avenida muito movimentada – acho que Governador Leonel Brizola – e do outro lado não. Eu estava como andante. Fui até meu carro, peguei a cadeira de rodas, peguei meu equipamento para gravar e voltei até aquele ponto já na cadeira de rodas. Desci a rampa de um lado da calçada em direção ao outro lado. Inclusive tinha que ir rápido porque o sinal de trânsito era ligeirinho também. Ao acabar de atravessar, vendo aquele meio fio (sarjeta) super alto, os ônibus vindo na minha direção e, o pessoal na calçada já querendo me ajudar, não tive dúvidas, levantei da cadeira e subi rápido na calçada dizendo “Eu não sou cadeirante, mas…e se fosse ?”. Uma senhora que passava começou a rir, gargalhar mesmo, diante daquela cena inusitada. Acho que pensou que fosse um milagre (risos).  Repercussão ? Me sinto respeitado por grande parte das Pessoas com Deficiência, pelo Rodrigo Rosso e sua Revista Reação, a Mobility & Show Rio e nossa parceria e isso tem grande valia para a minha pequena contribuição.

RR – Você pesquisou as 12 capitais brasileiras que sediaram os jogos da Copa do Mundo de 2014 ? Quais são as melhores e as piores na questão da acessibilidade ?

FG – Não pesquisei todas. A minha ideia era visitar cada uma e ver como estavam os estádios e os seus entornos na questão da acessibilidade. Por falta de apoio não consegui ir além de Rio e Salvador/BA. Fui a Salvador/BA com as milhagens que tinha e, bancando minhas despesas. Lá, conheci o estádio da Fonte Nova que, ao meu ver, ficou maravilhoso, com elevadores, marcação de piso tátil, lugares reservados para cadeirantes e acompanhantes, banheiros adaptados, dentre outras coisas. Já o entorno do estádio estava cheio de buracos, não era nada acessível. E o mesmo aconteceu no Rio de Janeiro, com o Maracanã. Você tem uma rampa de acesso do Metrô para o Estádio com uma inclinação absurda, o que impossibilita o acesso de um cadeirante sozinho, limitando sua autonomia. Além das calçadas sem acessibilidade no entorno. Então veja, se das duas amostras aqui citadas só conseguimos ver “ilhas de acessibilidade”, como dizia meu saudoso Amigo Andrei Bastos, o que esperar do resto ? É sabido que alguns estádios não estão terminados até hoje. Se comparássemos minha busca a uma tentativa no jogo “batalha naval”, seria um “água”, como dizíamos (risos).

 

 

RR- Como avalia a questão da acessibilidade nas cidades brasileiras?

FG – Péssima. “Nós temos no Brasil uma das melhores Legislações do Mundo, nesta área”. E isso não é dito por mim. Escuto desde que comecei a conhecer melhor este universo. Ouvi esta frase da Dra. Izabel Maior, do hoje SubSecretário da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro, Geraldo Nogueira, do eterno Amigo Jornalista e Militante dos Direitos Humanos Andrei Bastos que nos deixou em abril passado e, tantos outros militantes da causa. A invisibilidade da Pessoa com Deficiência, ao meu ver, é a principal causa disso tudo. Depois, vem o descaso mesmo de quem teria que fiscalizar e, de nós cidadãos que deveríamos ser mais proativos neste sentido – FISCALIZAR.  Por isso, muitas rampas não foram construídas com a inclinação ideal para os cadeirantes, por isso os buracos nas ruas e nas calçadas, por isso a falta de sinais sonoros nas travessias de ruas, a falta de rampas nas entradas de restaurantes, lojas, bares – incluindo aí a falta de banheiros adaptados –  a falta de inclusão nas escolas, a falta de contratação de Pessoas com Deficiência nas empresas, por isto, principalmente no Rio de Janeiro, as pedras portuguesas soltas derrubando pessoas, quebrando rodas de cadeiras etc.

RR – Você foi militar, ator e diretor de TV antes de trabalhar com a acessibilidade. Qual é a sua formação ?

FG – Em termos acadêmicos e práticos, a minha primeira formação é de militar – fiz Escola Naval de 1978 a 1981. Entrei na Marinha com 18 anos e fiquei até 1995, saindo como Capitão-de-Corveta Intendente (trabalhei na área administrativa, de navios, unidades de Fuzileiros Navais e da Armada). Antes de sair da Marinha tive formação como Professor de Ensino Fundamental. Depois, me profissionalizei como Ator e Diretor Teatral pela Universidade do Rio de Janeiro – UNIRIO. Consegui um estágio de assistente de direção na TV Globo em 1996, onde aprendi tudo o que sei sobre Televisão. Lá foi minha formação como Diretor de Programas de TV, onde fiquei até 2006. Saindo da TV, em um outro estágio de vida, parti para uma visão mais “Social”, quando fiz um curso no SESI – SP sobre Aproveitamento Integral de Alimentos. O curso do SESI gerou um Projeto, via Lei Rouanet denominado “Comendo de um tudo – Uma receita para um futuro sem fome”, curta metragem com 3 mil cópias em DVD distribuídos para Escolas e Instituições sem fins lucrativos. Fiz o curso EMPRETEC do Sebrae e, no Espaço Ideal Eventos, no Rio de Janeiro, pudemos colocar em prática o meu lado empreendedor. Talvez o BLA, tendo sido, também fruto do que foi aprendido no EMPRETEC – ver um problema e buscar solução para ele. No Espaço Ideal, a falta de acessibilidade, por ter uma escada íngreme nos levou a descobrir o escalador de escadas para cadeiras de rodas. E o escalador de escadas que me levou a criar a empresa ASAparatodos – Ações e Soluções em Acessibilidade. Hoje fazemos locação deste equipamento para todo o Brasil

RR – Em 2013, conheceu o jornalista e ativista carioca Andrei Bastos e vocês ficaram amigos. O Andrei Bastos foi muito importante para a defesa dos direitos das pessoas com deficiência e na sua trajetória nesse segmento especificamente ?

FG – Falar de Andrei Bastos é falar de uma pessoa que defendeu os direitos humanos, não só da pessoa com deficiência. Andrei já estava envolvido com os direitos das pessoas com deficiência quando perdeu uma perna para o câncer. Tive a oportunidade de conhecê-lo no primeiro movimento que participei pela causa em julho de 2013 em Copacabana, no Rio. Dentre os livros que ele escreveu, “Assimétricos” virou um livro de cabeceira para mim. Ali aprendi muito sobre esse universo. Devo muito a Andrei Bastos e o manterei como meu Guru sobre acessibilidade e os direitos da pessoa humana. Fica aqui minha homenagem singela a um ser humano que lutou até o último dia de sua vida por todos nós. Descanse em paz Andrei !

RR – Acredita que os vídeos que fez no Canal TVBLA ajudaram a melhorar as condições e a qualidade de vida dos cadeirantes e das pessoas com deficiência de uma maneira geral ?

FG – Acredito que, minimamente, fizeram algum movimento no “universo”. Lembra daquela história da borboleta que bate as asas em um lado do planeta e isso vai influenciar no outro lado do mundo? Acredito muito nisso, por algumas de nossas ações, coincidentemente ou não resultaram em uma ou outra melhoria. Como exemplo, se você passar hoje na Rua Graça Aranha, esquina com Rua Santa Luzia, no Centro do Rio, onde tem a FIRJAN de um lado e o antigo prédio da VALE do outro, você vai encontrar rampas dos dois lados das calçadas. Isso aconteceu um pouco depois de um movimento que fizemos no 1º de abril de 2014. Não havia rampas na travessia, o que era inaceitável.  Eu gostaria muito que as pessoas se interessassem mais pela questão da acessibilidade. Infelizmente, não é sempre que isto acontece. Como disse anteriormente, as Pessoas com Deficiência são invisíveis aos olhos de muitos. No início eu produzia mais, ia mais para a rua, mas não só pelo fato de estar menos disposto, um pouco pela falta de esperança, um pouco pela idade e muito pela insegurança, também tenho feito menos porque não tenho estrutura para fazer a interpretação de LIBRAS e áudio descrição como gostaria. Cobro muito de mim e, me sinto devendo aos cegos, aos surdos se não faço um vídeo com áudio descrição e LIBRAS. Procuro sempre ter legendas, mas por considerar incompleto me recolho. Estou aberto a ajuda e parcerias, caso alguém se interesse em compartilhar esta história comigo.

RR – Qual é a sua avaliação sobre a Olimpíada e Paralímpiada ? Você fez parte do Comitê Olímpico Rio 2016 ?

FG – Eu fui voluntário pioneiro no Rio 2016, no início de 2015, e depois no meio de 2015. Trabalhei diretamente com Augusto Fernandes que era o responsável pela área de acessibilidade. Tive o prazer de AUTORIZAR o RIO 2016 para utilizar o slogan “Não sou cadeirante, mas… e se fosse ?”. Fizeram um trabalho muito bacana, internamente, colocando colaboradores andantes para vivenciar a cadeira de rodas. Isto foi extensivo ao Parque Olímpico e Deodoro, onde houve muitas competições. Tenho muito orgulho disso. O desejo, aliás sempre foi de disseminar isso dentro das empresas Brasil afora. Ainda tenho planos. Sobre o que ficou do Jogos Rio 2016, vejo como ganho, como LEGADO, o transporte público, no que diz respeito ao BRT, Metrô e VLT. Construíram o BRT, ônibus bi-articulado que tem a plataforma no mesmo nível do ônibus o que já facilita muito para os cadeirantes, embora com alguns ajustes ainda a serem feitos ajudo muito; construíram a linha 4 do metrô que vai da Uruguai na Tijuca até a Barra da Tijuca e, com o BRT interligado atinge muito bairros da Zona Oeste do Rio; e no centro, o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos, que liga a Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont passando pela região portuária onde está o Porto Maravilha e Museus do Amanhã e MAR – Museu de Arte do Rio de Janeiro e o Centro Financeiro e Cultural. O VLT passa pelas estações do Metrô Carioca e Cinelândia, tendo uma linha agora que liga a Central do Brasil à Praça XV. Então esse foi o ganho inquestionável que o Rio teve com a Olimpíada. Se eu buscava  LEGADOS DE ACESSIBILIDADE, penso que encontrei esses, pelo menos, no TRANSPORTE PÚBLICO.

RR – Quantos anos você trabalhou na televisão ? Você dirigiu atores e comediantes como o Chico Anysio, Francisco Milani, Paulo Silvino, Jorge Dória, Agildo Ribeiro, Daniele Valente, Cláudia Gimenez, Berta Loran. O que ficou deste tempo de trabalho?

FG – Infelizmente, uma boa parte dessa galera já se foi. E, na verdade o que eu fazia era ajudar a mostrar a arte deles. Sabiam tudo de TV. O que ficou da televisão e, desses 10 anos de trabalho lá, foi a oportunidade de saber que eu estava ajudando as pessoas a se entreterem um pouco, a rirem e, a tornar a vida mais leve e prazerosa – em tantos rincões de nosso País, com tantas dificuldades – pelo menos naqueles 50 minutos de programa. Fazer rir é um trabalho muito difícil, mas é compensador.

RR – A sua trajetória de vida foi bastante eclética. O que você acredita que foi mais marcante no período em que serviu na Marinha ?

FG – No total eu servi 17 anos na Marinha brasileira, aprendi muito e fiz muitos amigos de verdade. Faz pouco tempo tivemos uma reunião, na Escola Nava, comemorando nossa entrada lá 40 Anos atrás. A coisa mais bacana que considero ter feito na Marinha foi no Navio de Desembarque de Carros de Combate “Garcia D’Avila” quando fomos para São Francisco do Sul/SC em janeiro de 1984, levar ajuda às pessoas desabrigadas pelas enchentes naquele verão. Levamos alimentos para nossos irmãos do Sul que foram muito castigados pelas enchentes. Hoje eu entendo que essa vontade de ajudar o outro, de olhar para o outro e vê-lo, faz parte do meu DNA.

RR – Após a Marinha e antes da Globo, você foi diretor e também ator de teatro ?

FG – Sim, foi outra grande experiência, mas muito mais acadêmica que profissional. Como ator, encenada por Zeca Bittencourt, fiz o personagem “Portuga” na peça Barrela, do autor Plínio Marcos. A peça é bastante tensa, pois acontece dentro de uma cela de uma delegacia e o “Portuga” é o personagem que morre dentro de uma cela, esfaqueado pelas costas. Em “Mãe Coragem” de Bertold Brecht, dirigida Mônica Alvarenga, fiz o Cozinheiro. Depois disso, eu participei como diretor de montagens de outros autores como: Nélson Rodrigues – “Dorotéia”  e Dias Gomes – “O Rei de Ramos”, onde tínhamos como Banda ao Vivo o pessoal do Farofa Carioca e, dentre eles dois caras fantásticos que são  nada mais nada menos que Gabriel Moura e Seu Jorge.

 

RR – Atualmente você é empresário no ramo da mobilidade e acessibilidade. Como a ASA – Ações e Soluções em Mobilidade trabalha ?

FG – Na verdade eu vou te contar como gostaríamos de trabalhar, porque infelizmente ainda estamos engatinhando: Pelo conhecimento que temos de Empresas de produtos e serviços e Profissionais autônomos nesta área, nosso intuito sempre foi de, em parceria, encontrar soluções para os problemas de acessibilidade, seja em condomínios, prédios antigos, lojas, restaurantes, bares, Prefeituras, eventos e, mesmo individuais. No entanto, por enquanto estamos focados em ajudar na Produção da Mobility & Show no Rio de Janeiro, em julho de 2018 e na locação do nosso equipamento para subir e descer escadas com cadeiras de rodas. Existem muitos prédios antigos que não têm elevador e também muitas casas onde o acesso ao segundo piso é só pela escada. Por isso, temos o equipamento escalador das escadas, que é muito usado pelos cadeirantes e idosos.  Nós oferecemos todo o acesso de acordo com a legislação e as normas técnicas, inclusive para eventos e shows.

RR – Hoje, como parceiro da Revista Reação, você é o braço de um dos eventos mais importantes para pessoas com deficiência do Brasil no Rio de Janeiro. Quais são as expectativas para a segunda edição da Mobility&Show no Rio ?

FG – São muito boas. O fato de a exposição ser este ano no Riocentro, um espaço todo coberto, dá mais tranquilidade aos visitantes e aos expositores. A Mobility terá um espaço interno até para o test-drive dos carros. Além disso, fizemos várias parcerias que darão um diferencial ao Evento. Como exemplo, a Secretaria Municipal dos Transportes do Rio e a Guarda Municipal, o BRT que terá uma parada especial de uma das linhas na frente do Riocentro na Estação Olof Palm, muito perto do Hotel Grand Mercure e Pavilhão 4, onde acontecerá a Mobility Rio 2018. Isto tudo facilitará muito o acesso. O DETRAN-RJ, mais uma vez participará do Evento com Instrutores no test drive e Clínica Médica para tirar dúvidas dos visitantes. A Lei Seca, que é bastante ativa aqui no Rio, mais uma vez estará conosco. Sem falar de nossos Padrinhos – Vereadora Luciana Novaes e Geraldo Nogueira – que além de suas bagagens na militância agregam com seu carisma.  Também teremos no auditório onde acontecerá o VI Fórum Biomob de Acessiblização, conduzido por Valmir Souza. Com parceria com a Livre Montadora (Kit Livre) teremos um palco com atrações incríveis e uma quadra poliesportiva montada dentro do evento com Rugby, Power Soccer, Futebol de Anões, dentre outros, inclusive pista de skate e radical. Tudo isso, sem falar da tecnologia em produtos e equipamentos para o dia a dia das pessoas com deficiência. Todas essas coisas, unidas ao fato das informações sobre isenção de impostos na compra do carro 0Km, CNH especial e outros direitos da PcD e seus familiares serem dadas tudo de forma gratuita, fazem da Mobility Rio 2018 um evento imperdível !

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