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Fórum de Pessoas com Deficiência LGBTQI

Por: hallak

Aconteceu em 30 de novembro o Fórum de Pessoas com Deficiência LGBTQI, em São Paulo/SP. O evento foi uma realização da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED) e da Associação da Parada do Orgulho LBGT de São Paulo e contou com tradução em Libras e Audiodescrição.

Os participantes discutiram temas como empoderamento, invisibilidade e protagonismo da pessoa com deficiência.

A frente do debate estavam: Ivone, do Blog Gata de Rodas (apoiador do Fórum), Léo Castilho, Malu Dini, Diego Castro, Silvana Gimenes e Paula Ferrari. Ghilherme Lobo, protagonista do filme “Hoje eu quero voltar sozinho” também marcou presença e falou um pouco sobre a sua como foi sua experiência de ter interpretado um rapaz cego que vive a descoberta do amor e da homossexualidade.

Segundo Léo Castilho, uma das maiores dificuldades encontradas pelas pessoas Surdas é a comunicação com a família, com amigos e com o meio de forma geral. O arte-educador, atualmente trabalha no MAM – Museu de Arte Moderna – e junto com Malu Dini, faz um trabalho com jovens surdos usando a poesia como forma de expressão.

Para Diego Castro, ainda há muito preconceito dentro da comunidade LGBTQI com relação às pessoas com deficiência. “Muitos cegos não vivem plenamente sua sexualidade, têm poucas experiências sexuais e nunca entraram em uma loja de produtos eróticos, por exemplo”.

O apoio da SMPED, abertura de espaço de dialogo cedido pela Associação da Parada e o protagonismo de pessoas como Ivone, Silvana, Diego e tantos outros, tem sido um divisor de águas para as pessoas com deficiência LGBTQI.

Segundo Silvana, muitas mulheres com deficiência ainda possuem seus direitos sexuais e reprodutivos violados e pouco acesso a campanhas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. É necessário que se discuta, que sejam implantadas políticas públicas que acessem a todos, com ou sem deficiência.

Além de uma iniciativa bastante ousada, em tempos tão conservadores, esse espaço de fala é mais que necessário. Amar tem sido um ato revolucionário !


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