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Lei de Cotas: resistência e a luta da Pessoa com Deficiência em garantir seu espaço no mundo do trabalho

Por: a redação

No mês que a Lei de Cotas completa 29 anos de existência, o CIEE – Centro de Integração Empresa Escola afirma, em nota, que  joga luz aos desafios que envolvem os profissionais PCDs e o retorno ao escritório, uma vez que muitos fazem parte do grupo considerado de risco e ainda não existem soluções de fácil acesso para o período pós-pandemia, como máscaras para surdo-mudos ou tapetes de higienização que garanta a total limpeza das cadeiras de rodas.
“A Lei de Cotas completa 29 anos de existência. Ela traduz a resistência e a luta da Pessoa com Deficiência em garantir seu espaço no mundo do trabalho. A inclusão é uma jornada: alguns estão iniciando, buscando vencer desafios e resistências. Outros já estão com a possibilidade e a convivência diária, todos buscando sair da zona de conforto que as relações nos trazem. Trabalhar pela inclusão da Pessoa com Deficiência é encarar de frente o medo do desconhecido, é buscar pelo novo e de dar chance de uma pessoa muito diferente de você te conquistar. É motivo de comemoração e também de continuar com esse engajamento, até chegarmos a um ponto de não haver necessidade de lei ou cumprimento de cota para que as pessoas ocupem os lugares que puderem e, principalmente, que quiserem”, afirma Lilene Ruy, supervisora de Inclusão Social do CIEE. 

Para Lilene Ruy,  além da adaptação, também é necessário discutir a inserção de Pessoas com Deficiência no mundo do trabalho. Segundo o Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, o número de oportunidades de estágio e aprendizagem apresentou retração de 80% desde o início da pandemia, pois muitas empresas cancelaram oportunidades ou postergaram. 

Entretanto, já foi possível registrar uma pequena melhora e as empresas têm buscado o INCLUI para a abertura de oportunidades.

De acordo com o Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil, apenas 50,62% das empresas cumprem a cota de Pessoas com Deficiências e reabilitados. No setor privado esse percentual é de 52%, e de apenas 11,21% na administração pública. A última atualização é de 2018.

O relatório da Relação Anual de Informações Sociais 2018, publicado pelo Ministério da Economia em outubro de 2019, mostra que a evolução proporcional de pessoas com deficiência no estoque de empregos formais foi de 1,04%.

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