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Lições para uma vida!

Por: Marcos Neves

Anuário Revista Reação
  • Por Rodrigo Rosso

Somente duas experiências na história recente da humanidade tiveram repercussão parecida com o que o mundo vivenciou em 2020 e ainda vem vivendo: a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A nossa geração, em sua imensa maioria, não viveu as dores dessas duas Guerras e nem o sofrimento da reconstrução das nações no pós-Guerra. Só sabemos de como foi tudo isso, ou por ouvirmos os mais velhos contarem, ou pelos livros de história… ou o que aprendemos na escola. E é isso que me pergunto hoje: como será contada na escola, nos livros de história, tudo que estamos passando hoje no planeta ? Como e o que nossos netos e bisnetos irão aprender sobre 2020 na escola ? E como serão as escolas daqui para frente ? Será que no futuro existirão escolas ? 

Depois de anos já vindos de situações econômicas difíceis e de desastres naturais de toda ordem, que deixaram muitas sequelas e marcas profundas, finalmente chegou 2020… cheio de esperanças, motivação e planos que, infelizmente, duraram pouco. Quem imaginaria, por exemplo, se na comemoração do Natal de 2019 ou no Reveillon, alguém te contasse que logo no início daquele ano de 2020, o mundo seria abatido por um vírus vindo da China, que se alastraria por todo o planeta de forma rápida e avassaladora, matando milhares de pessoas e deixando um rastro de destruição só comparado ao de uma guerra ? Pareceria maluquice não é mesmo ? Coisa de filme de ficção… série do Netflix.

Acreditem ou não, na minha humilde opinião, estamos SIM vivendo a Terceira Guerra Mundial. Uma guerra silenciosa, sem bombas, sem tiros, sem sangue. Porém, justamente por isso, pelo silêncio e invisibilidade do inimigo, essa talvez seja uma guerra ainda maior e mais perigosa que as outras duas do século passado. As vítimas dessa guerra não são apenas os soldados nos campos de batalha, mas sim, todos nós, sem exceção. O vírus – Covid-19 – não escolhe raça, religião, cor, gênero ou classe social. Ele contamina e mata. Em silêncio, sorrateiro, invisível. Alguns diriam que o mundo de hoje está vivendo um caos, quase que apocalíptico.

Mas como em toda guerra, aprendemos muitas lições. O mundo muda, se reinventa, se redescobre… os seres humanos aprendem a duras penas a importância de gestos simples, que por décadas acabaram passando despercebidos na correria do nosso dia-a-dia. Corremos tanto e de repente, fomos obrigados a parar ! Queremos tanto e de repente nos vemos aprendendo a viver com menos. Aprendemos a repartir mais. Passamos a sentir falta de um simples abraço. Percebemos quão frágeis todos nós somos e que a vida é um simples estalar de dedos… redescobrimos o amor e a solidariedade. Descobrimos que com a tecnologia podemos aproximar, mesmo que virtualmente, as pessoas e interligar o mundo através de uma telinha. 

Vimos a queda de grandes nações, potências mundiais se rendendo a um inimigo desconhecido. E por toda parte e aqui em nosso País, as máscaras de líderes caírem diante da ganância econômica, tirando da desgraça do outro – em função do desespero e do desconhecimento do vírus – vantagens financeiras e políticas. Politizaram o vírus e mataram pessoas. Sim, mataram sim ! Mais do que o próprio vírus até. Muitos inocentes perderam suas vidas pela má administração gananciosa e despreparo de muitos governantes inescrupulosos que nós mesmos colocamos lá. E sempre, eleição após eleição, acabamos colocando de novo. Em meio ao caos, estamos assistindo a nação de onde saiu o vírus para o mundo, crescer e enriquecer a cada dia, na contramão do resto do planeta. Não pararam, continuaram produzindo enquanto o mundo, assustado e sem reação, estagnou. Continuaram produzindo, estranhamente foram menos contamidados que o restante, apesar de serem o berço do vírus, se protegeram menos e hoje “vendem” os insumos e o “remédio” para todo o mundo, de um mau que nasceu lá… “remédio” feito por eles que nem eles mesmo usam em seu povo. Parece que preferem comprar de outros países, mas “vendem” para o seu para outros, enquanto sua economia cresce e passam a dominar tudo e todos em todos os cantos do mundo. Chega mesmo a ser apocalíptico tudo isso!

Enfim, só nos resta agora continuar a nos proteger, limpando as mãos o tempo todo, mantendo o “distanciamento social” (triste), usando máscaras (como se fossemos nós todos os vilões da história) e aguardar a chegada da vacina ou das vacinas, para quem sabe, minimizar os estragos causados até aqui, nos preparando para viver um verdadeiro “pós-Guerra”, onde literalmente, teremos que reconstruir nossas nações e redescobrir novas formas de viver e de nos relacionar.

Certamente vamos tirar muitas lições disso tudo e deixar esse período escrito na história, pois estamos vivendo tudo isso e vamos juntos, sair dessa !

Feliz 2021 a TODOS, muita força, luz, saúde, fé e esperança !

• Rodrigo Rosso é Diretor/Editor do SISTEMA REAÇÃO/REVISTA REAÇÃO

“E o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, confirmar e fortalecer”.

1 Pedro 5:9

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