A iniciativa faz parte da rede de voluntários do projeto e-Nable Brasil, que conta com a parceria de profissionais da saúde para atender de forma segura e eficaz. No IESB, além do professor Renan, participam desta primeira etapa a professora Larissa Cayres, coordenadora dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores do IESB; o laboratorista Paulo Henrique Moreira de Carvalho Faria; e os estudantes da instituição Ana Karolina Alves Ferreira, de Design de Interiores; Luisa Farani e Renata Damasceno, alunas do curso de Arquitetura e Urbanismo.
Para Renata, que atualmente está no 6º semestre do curso, o aprendizado com o laboratório vai além do trabalho com os softwares e as impressoras 3D. “A gente acompanha o processo de entrega e o pós-entrega, diretamente com a família. E tudo é uma emoção profunda. Conseguir trazer esperança para o dia a dia de uma criança que está em processo de desenvolvimento é de grande valia. É uma emoção enorme para quem está participando desde o começo.”
Como as próteses funcionam
As próteses funcionam com movimento de agarrar. O professor Renan explica que elas abrem e fecham usando a flexão do punho ou cotovelo para criar a tensão para fechar os dedos. Portanto, o indivíduo que vai recebê-las deve ter um punho ou cotovelo funcional para poder tirar o máximo proveito na utilização dos dispositivos recomendados pela e-NABLE.
Além disso, as próteses devem ser prescritas por um profissional de saúde e seu uso deve ser acompanhado por um responsável da área de reabilitação. “Só com a prescrição de prótese é iniciado o processo de modelagem e impressão do dispositivo de acordo com as medidas do paciente e necessidades de adaptação. Também é feito avaliação junto a família e ao futuro usuário da prótese, explicando como é feito o uso, indicando as possibilidades e limitações”, destaca Renan.
Elas são feitas por meio das impressoras 3D do laboratório IESB, utilizando plásticos ABS ou PLA. Atualmente, são cinco opções de modelos diferentes. “Com a orientação de um profissional de saúde, modificamos o tamanho original do modelo, permitindo que crianças e adultos possam ter próteses mais adequadas para cada corpo, levando em conta as limitações, já que os dispositivos têm o papel de ajudar, mas não terão o mesmo movimento de uma mão orgânica. Depois de impressas, elas são montadas pelos nossos estudantes, laboratoristas e professores”, afirma.
Após a doação, é necessário um período de adaptação, que não é demorado. “Depois que a prótese estiver pronta, nossa equipe de profissionais e estudantes do IESB vão ensinar o beneficiário a usar as novas mãos. Elas são colocadas no punho utilizando uma faixa, como se fosse uma luva”, explica o professor.
As próteses são registradas e sua comercialização é proibida por lei. “Todo o nosso trabalho é voluntário. Ao aceitar os termos, o usuário também se compromete a não comercializar os dispositivos”, completa Renan.
Fonte: https://www.metropoles.
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