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Outubro Rosa: ANS alerta para cuidados com o câncer de mama e de colo de útero

Por: Marcos Neves

O Outubro Rosa chama atenção para os cuidados relacionados à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama e do câncer de colo do útero, dois tipos de neoplasias bastante frequentes entre as mulheres. Alinhada às demais autoridades de saúde e como forma de reforçar as mensagens relativas à campanha, especialmente entre as beneficiárias de planos de saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) destaca algumas informações relevantes sobre o tema.

O câncer de mama, sozinho, representa quase um terço de todos os casos da doença no mundo. No Brasil, estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que 66.280 mulheres desenvolverão a doença em 2020. Já o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal – e excetuando-se o câncer de pele não melanoma) e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. A estimativa de ocorrência é de 16.590 novos casos em 2020 no país.    

A incidência do câncer de mama cresce progressivamente com o avanço da idade, especialmente após os 50 anos. Por isso se fazem tão relevantes campanhas de conscientização que incentivem o autocuidado e a prevenção. Os principais sinais e sintomas suspeitos são nódulo (caroço) fixo e, geralmente, indolor; mudança na posição ou formato do mamilo; vermelhidão, retração ou aparência de casca de laranja na pele do seio; saída espontânea de líquido pelo mamilo e caroços no pescoço ou axilas. Em caso de alterações suspeitas na mama, é necessário procurar avaliação médica rapidamente.

Entre as medidas que contribuem para prevenir a doença estão a adoção de hábitos saudáveis, como seguir uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas com regularidade, evitar bebidas alcoólicas e manter o peso adequado. Essas ações são capazes de evitar 28% de todos os casos da doença, segundo o Inca. Já o tratamento do câncer de mama pode combinar várias abordagens e envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia, entre outros procedimentos. A avaliação do melhor tratamento para cada paciente deve ser feita pelo médico caso a caso.

O câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), sendo uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais. A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolau) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da doença.   Na saúde suplementar, diversos procedimentos estão disponíveis às beneficiárias de planos de saúde voltados à prevenção, tratamento e reabilitação de mulheres acometidas por essas doenças.

Rol de Procedimentos: na lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde, estão contemplados procedimentos preventivos e para diagnóstico precoce, como mamografia, exames laboratoriais, pesquisas genéticas, teste de Papanicolau e consultas médicas. Entre os exames para diagnóstico, há ultrassonografias (transvaginal e mamária), tomografia computadorizada, ressonância magnética e PET-CT. No rol de tratamentos, cirurgias convencionais e minimamente invasivas, radioterapias e quimioterapias. E entre os procedimentos reparadores e de reabilitação, destacam-se a reconstrução mamária após mastectomia e atenção multiprofissional (psicoterapia, fisioterapia e nutrição).

Programas de Prevenção: a ANS estimula as operadoras de planos de saúde a desenvolverem ações de atenção à saúde que visem à melhoria da qualidade de vida e à redução dos riscos à saúde da população. Atualmente, existem 383 Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças (Promoprev) cadastrados na Agência voltados para doenças oncológicas, dos quais 20,8% possuem ações para a linha de cuidado de câncer de mama e 11,2% para câncer de colo de útero. Informe-se com a operadora do seu plano de saúde e confira se ela desenvolve algum tipo de programa nessa linha de cuidado.

Dados e informações assistenciais: De acordo com o Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, em 2019 as beneficiárias de planos de saúde realizaram 5,1 milhões de exames de mamografia (um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior) e 6,3 milhões de exames de citopatologia cérvico-vaginal (crescimento de 2,7% em relação ao ano anterior). Nesse ano também foram registradas 334 mil internações por diferentes tipos de câncer na saúde suplementar. O câncer de mama respondeu por 12,3% desse total e o de colo do útero por 3,8%.

De acordo com o Vigitel da Saúde Suplementar, a frequência de realização de mamografia, nos últimos dois anos, entre as beneficiárias de planos de saúde com idade entre 50 e 69 anos chegou a 88,3%. E a frequência de realização de exame de citologia oncótica, nos últimos três anos, entre mulheres de 25 a 64 anos, atingiu 89,3%.

Confira o Mapa Assistencial e o Vigitel da Saúde Suplementar e acesse as informações completas. 

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