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Página “Descreve pra mim” cobra acessibilidade nas redes sociais

Por: hallak

Sidney é cego, tem mais de 700 seguidores e 150 fotos descritas no Instagram

 Sidney Andrade, 30 anos, criou a página “Descreve pra mim” em maio de 2015. A ideia era publicar diversas imagens e pedir diferentes descrições aos seguidores.

Mesmo enfrentando dificuldades com a plataforma e as ferramentas da rede, ele não desistiu.

O Instagram é para publicações de fotos e vídeos, e o que Sidney quer é quebrar o preconceito e uma limitação da sociedade ao pedir descrição de suas fotos. “Muita gente desconhece o fato de uma pessoa cega usar computador e redes sociais, acham que a gente não está presente”, declara.

“Descreve pra mim” surgiu para ajudar outras pessoas, ele quer estimular que nas pessoas essa ação descritiva. Isso é muito importante para Sidney, algo quase saudoso, já que ele pôde enxergar até os 25 anos de idade, quando sofreu um deslocamento da retina nos dois olhos.

A ideia da página já chegou também em outra rede social: “muitos amigos começaram a adotar a descrição quando postam no Facebook”.

Mas, e como Sidney escolhe as imagens para postar? Ele acessa bancos públicos, com imagens identificadas por tags. Essas palavras de identificação passam pelo leitor de tela que Sidney utiliza para navegar. Infelizmente, o processo todo não é tão rápido, o que impede postagens diárias.  “Preciso de tempo pra sentar no computador, acessar o site e salvar as fotos, para depois publicar. Salvo uma quantidade considerável. Não é tão simples, pra mim, procurar uma imagem”, explicou.

Conheça a página: www.instagram.com/descrevepramim

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