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Porto de Galinhas é uma boa ideia para Pessoas com Deficiência !

Por: hallak

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O Michel Eric Peneveyre, 53 anos, suíço, ainda moço ficou tetraplégico após um mergulho no rio. Teve que reaprender a viver. E não se abateu. Voltou a dirigir, a praticar esportes e conseguiu autonomia para morar sozinho mesmo numa cadeira de rodas. Mas ainda faltava realizar um sonho: viajar !

Um ano e meio depois do acidente, pegou o avião lá na Suíça e veio para o Brasil, mais precisamente para Porto de Galinhas, em Pernambuco. Apaixonou-se pela cidade e resolveu ficar de vez.

Conheceu José Soares, paraplégico devido à paralisia infantil, que até os 17 anos nunca tinha visto uma cadeira de rodas. Pouco se locomovia no chão. Michel ficou indignado ao conhecer essa realidade brasileira. Doou uma cadeira de rodas a José e com ela a liberdade. “Ele deu um sorriso que nem dá para descrever com palavras”. Tempos depois, José se tornou atleta da seleção brasileira de basquete de rodas.

Michel resolveu ajudar mais pessoas brasileiras com deficiência e criou a Associação Rodas da Liberdade. Um trabalho social que arrecada fundos para doações de cadeiras de rodas, orienta para encontrar escola e trabalho, além de tratamentos de reabilitação e projetos de lazer como praia sem barreiras, passeios de buggy e de jangada no manguezal, tudo com van adaptada.

A Associação Rodas da Liberdade tem ajuda do Estado de Pernambuco e da comunidade de Porto de Galinhas. O trabalho de desenvolvimento de urbanismo e infraestrutura adaptada para as pessoas com deficiência em colaboração com a Prefeitura de Ipojuca/PE vem se desenvolvendo com bons resultados. Várias obras de acessibilidade já foram realizadas e demonstra a possibilidade de ter livre acesso para todos, desenvolvendo assim uma Consciência e uma Acessibilidade Universal.

“Com o passar do tempo, percebemos que a deficiência é relativa. Cada um tem necessidades próprias, mas muitas vezes essas pessoas focalizam na deficiência esquecendo do seu potencial. A deficiência é só uma forma de ver a vida e a falta do reconhecimento do seu verdadeiro potencial”, observa Michel.

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