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Residência Inclusiva faz adaptações no serviço durante a pandemia

Por: Marcos Neves

As pessoas com deficiência que vivem na Residência Inclusiva “Boa Morada” têm recebido assistência adequada à nova realidade imposta pelo coronavírus. Todas as atividades internas da instituição tiveram que ser readaptadas. Os usuários que são matriculados no sistema regular de ensino, por exemplo, estão recebendo as atividades de forma online. E, além do reforço na higienização do espaço, as informações e cuidados pessoais para prevenção da doença estão sendo repassadas de forma a incluir as diferentes limitações.

Desde que foram suspensas as aulas nas escolas, a equipe tem buscado manter o ritmo de estudos dos usuários que estão incluídos no ensino regular. “Os acolhidos recebem atividades e assistem a vídeos de conteúdo. A equipe técnica também tem desenvolvido diversas atividades lúdicas e educativas para melhorar a cognição e as habilidades motoras de alguns usuários, como já era feito usualmente na casa”, explica Leilanny Cavalcante, chefe da divisão de alta complexidade da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi).

Já os residentes com deficiência auditiva também têm acesso às informações por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Arielle Paiva é a intérprete da língua de sinais da instituição, ela reforça a importância de seu papel em facilitar a comunicação entre os usuários surdos e funcionários nesse momento de tantos cuidados e restrições entre as pessoas.

“Como estamos trabalhando por escala, nos dias em que não estou presente realizo esse atendimento através de vídeochamada, seja para repassar a eles alguma orientação ou dar suporte para a equipe técnica lidar com os usuários surdos. O papel do intérprete é promover a comunicação ao usuário surdo, para ajudar a resolver as demandas particulares desses assistidos”, afirma Arielle.

Elídio Pablo de Sousa, 23 anos, é deficiente auditivo e está há cinco meses na Residência Inclusiva. “Eu me sinto muito bem cuidado aqui, temos a intérprete de Libras e os profissionais que cuidam da gente e nos passam bastante segurança. Estamos esperançosos para que passe logo esse período de pandemia; enquanto isso, precisamos usar máscara porque é muito importante para o bem de todos”, disse.

Atualmente, a Residência Inclusiva atende 11 pessoas com idades entre 18 e 59 anos. A unidade abriga pessoas com deficiência do tipo física, auditiva, visual ou intelectual. A equipe multiprofissional é composta por assistente social, psicóloga, terapeuta ocupacional e intérprete de Libras. O serviço de acolhimento provisório busca manter os vínculos e a possibilidade de reinserção dos usuários ao seio familiar e, nesse momento, tem estabelecido contato com familiares por meio telefônico ou virtual.

“A Prefeitura tem realizado um grande esforço para que o coronavírus não chegue até os abrigos. Desde o cuidado com os servidores e o acompanhamento que lá realizam, até mesmo com o fornecimento contínuo de equipamentos de proteção individual. Nosso trabalho é continuar esse serviço com excelência e construir uma barreira para que o coronavírus não chegue a essas pessoas, tão vulneráveis, que se encontram abrigadas”, afirma o secretário Samuel Silveira.

Em todas as unidades de acolhimento institucional foram adotadas medidas em acordo com as recomendações das autoridades de saúde, decretos municipais e orientações da Semcaspi. As visitas foram suspensas e os funcionários estão trabalhando em regime de escala, a gerência ressalta ainda que até o momento não há registros de nenhum residente ou colaborador com os sintomas da Covid-19.

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