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Rota de Cachoeiras em Santa Catarina

Por: hallak

A pequena e acolhedora cidade de Corupá, em Santa Catarina, com pouco mais de 16 mil habitantes, já era conhecida no cenário nacional por ter mais de 70 quedas d’água. Mas desde outubro, passou a figurar no calendário turístico brasileiro como a única cidade do Estado catarinense a ter uma rampa de acessibilidade que possibilita que Pessoas com Deficiência, idosas e visitantes com mobilidade reduzida tenham acesso a Reserva Particular do Patrimônio Natural – Emílio Fiorentino Battistella (RPPN), a conhecida Rota das Cachoeiras, que tem uma grande importância ecológica, pois está inserida em um dos últimos remanescentes de Floresta Atlântica de Santa Catarina, ecossistema brasileiro que apresenta hoje menos de 8,8 % de sua área original e que tem recebido atenção de diversas entidades conservacionistas e nos últimos anos também da comunidade internacional.

Em parceria com a Prefeitura de Corupá, a empresa Mobasa Reflorestamento – proprietária da área, começou a construção da rampa de acessibilidade no início de 2018.

A rampa tem 150 metros e é feita em compensado naval, com corrimãos de pinus tratado e teve investimento de R$ 120 mil, valor que veio da parceria entre a Prefeitura de Corupá, a empresa Mobasa, APERC e o Ministério Público de SC, por meio do fundo de bens lesados e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável.

 “O objetivo de nossa reserva é, além da preservação ambiental, proporcionar que mais pessoas possam ter contato com a natureza, como vai ocorrer agora, com a rampa de acessibilidade que vai permitir que Pessoas com Deficiência possam chegar de forma segura e fácil à primeira cachoeira que também é uma das mais belas da Reserva”, destaca o engenheiro florestal e gerente ambiental da empresa Mobasa, Marmonn Nadolny.

Para o prefeito de Corupá, João Carlos Gottardi, “foi uma alegria ver as pessoas que antes tinham dificuldade de chegar aqui, agora com a abertura da rampa, poderem sentir as gotas de água que vinham da cachoeira e ter esse contato tão direto com a natureza”.

A Rota das Cachoeiras, segundo pesquisas feitas pelo jornalismo da Revista Reação, é uma das poucas Reservas do Brasil a ter um acesso diferenciado e focado para Pessoas com Deficiência.

 

Mais Acessibilidade pela frente

Também está nos planos da administração da Reserva Particular do Patrimônio Natural – Emílio Fiorentino Battistella (RPPN), a instalação de placas em Braile e uma trilha sensitiva para que os cegos possam ter um contato ainda maior com a Rota das Cachoeiras.

E prova disto foi a parceria com um grupo da AJIDEV – Associação Joinvilense para Integração dos Deficientes Visuais, que esteve no local e aprovou a passagem, assim como os cadeirantes de Criciúma/SC, de Corupá/SC e de Jaraguá do Sul/SC que puderam ser os primeiros a conhecer a rampa de acessibilidade da Rota das Cachoeiras.

Para o casal com deficiência visual Tasmania da Silva, de 26 anos e João Pedro de Bonfim, de 22, a experiência de sentir a brisa da cachoeira e as gotas da queda molhando o rosto, além de ouvir o barulho da água caindo foi uma sensação única. “É muito bom podermos ter a mesma oportunidade que outras pessoas têm de ter contato com a natureza e senti-la do nosso jeito”, comenta João.

 

FOTO – Imagens/Créditos: Áurea J. Arendartchuk/Prefeitura Corupá

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