A ONU – Organização das Nações Unidas em suas publicações, afirma que nem metade das pessoas com deficiência do mundo tem condições de pagar por serviços de saúde. Esses números são mais alarmantes ainda quando se chega a um porcentual que o estado de São Paulo emprega menos de 34 % das PcD que deveria, ou seja, o que seria o determinado pela Lei de Cotas, criada há 27 anos para garantir o emprego às pessoas com deficiência, quer seja física, auditiva, visual, intelectual ou múltipla.
Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no Brasil há 31 milhões de PcD em idade produtiva, mas apenas 418 mil estão empregados.
Se seguisse a Lei de Cotas, o estado de São Paulo deveria ter no mercado de trabalho aproximadamente 360 mil pessoas com deficiência, mas atualmente tem apenas 120 mil.
Apesar de o número ser baixíssimo o estado de SP possui um dos maiores índices de empregabilidade do Brasil.
Oportunidade para o jovem com deficiência !
Podemos dizer que contratar pessoas com deficiência ainda é um tabu de em nossa sociedade. Muitas vezes as organizações acreditam que devam fazer grandes mudanças arquitetônicas e que o investimento financeiro será alto.
Percebemos, no entanto, que os recursos de acessibilidade e adaptações – na maioria das vezes – são bem simples de serem implementados. Nesse sentido, entendemos que uma das grandes barreiras é a atitudinal. A pessoa com deficiência ainda carrega o estigma de incapacidade, baixa produtividade e também pouca qualificação ou formação para ocupar os postos de trabalho de maior destaque.
Com a Lei Brasileira de Inclusão – LBI 13146/15 – que vigora desde 2016, entendemos que o direito da pessoa com deficiência foi assegurado e o papel de protagonismo foi validado. Porém, praticar a inclusão ainda é um assunto que merece ser discutido e amplamente divulgado.
A contratação de jovens com deficiência é uma grande oportunidade de inserção. Trabalhar com o Programa de Estágio e Aprendizagem dentro das empresas é sinônimo de renovação de ideias e refresco para a equipe. Quando inserimos a esses programas o conceito de incluir a pessoa com deficiência estamos humanizando os processos.
O período de aprendizagem e estágio é fundamental para que a pessoa com deficiência possa conhecer o trabalho e suas atribuições profissionais. Já a empresa passa a ter uma nova cultura em relação a pessoas com deficiência.
