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Uso da Bicicleta nos Membros Superiores para Melhora do Condicionamento Físico em Pacientes Neurológicos ou com restrição de trabalho nos Membros Inferiores

Por: Marcos Neves

  • Por Dr. Adriano Borges Amaral

 

Este trabalho é realizado em um aparelho de exercícios cíclicos, e é utilizado para fins de condicionamento cardiovascular dos pacientes através da cicloergometria nos membros superiores. Geralmente, é utilizado quando o paciente por algum motivo não pode realizar o trabalho com a bicicleta clássica, ou seja, dos membros inferiores. Tem como finalidade promover uma atividade aeróbia utilizando assim os mecanismos fisiológicos aeróbios de produção e gasto de energia, porém também podemos realizar um trabalho anaeróbio.

Como foi citado acima, este aparelho promove uma atividade aeróbia e com isto conseguimos uma melhora do trabalho cardíaco, melhoria do padrão respiratório, ou seja, conseguimos condicionamento físico geral, impedindo que os efeitos do sedentarismo se instalem no paciente levando a comprometer sua saúde e sua terapia em geral.

Este aparelho pode ser feito por praticamente todos os pacientes, pois temos luvas de adaptação para aqueles que não conseguiriam manter suas mãos fixas ao aparelho, temos também um apoio cervical para aqueles pacientes que tem dificuldade com controle cervical (da cabeça).

Este trabalho é muito importante, pois com ele conseguimos além do citado acima, uma grande mobilização de toda a musculatura dos membros superiores e do tronco, evitando assim atrofias, melhorando (aumentando ou mantendo) amplitude de movimentos, etc.

 

TIPO DE TRABALHO:

 

  • AERÓBIO – leva à melhora da capacidade funcional do coração, do transporte de oxigênio, e aumento da capacidade das fibras musculares de oxidar os açucares e ácidos graxos.
  • ANAERÓBIO – leva ao aumento da resistência muscular, no que diz respeito à fadiga muscular, e a dor pelo acúmulo de ácido láctico, entre outros.
  • FORTALECIMENTO DE MEMBROS SUPERIORES – sendo um trabalho ativo, vai trabalhar com toda a musculatura dos membros superiores, da cintura escapular e do assim chamado “tronco superior”.
  • DISSOCIAÇÃO DE CINTURA ESCAPULAR – pelo movimento cíclico, proporcionado pelo aparelho, ocorre uma dissociação dos músculos, pela relação de contração do membro agonista –  que está fazendo o movimento – e relaxamento do membro antagonista – o membro que está relaxando, ou seja, em posição de relaxamento, levando a dissociação da cintura escapular e a posterior diminuição da espasticidade, bem como aumento da amplitude de movimento articular.

 

OBJETIVOS:

 

RESISTÊNCIA AERÓBIA – é a qualidade física que permite a um indivíduo sustentar por um longo período de tempo em determinada atividade física, nos limites do equilíbrio fisiológico, também chamado “steady – state”.

Ocorre o aumento da capacidade das mitocôndrias de gerar ATP por fosforilação oxidativa, aumento da capacidade de captação de oxigênio pelas mitocôndrias, aumento do tamanho das mitocôndrias e duplicação do potencial de atividade das enzimas do sistema aeróbio, a mioglobina do músculo esquelético é aumentada em até 80%, aumento da capacidade do músculo treinado de mobilizar e oxidar as moléculas de gordura, aumento global do fluxo de sangue, aumento da capacidade de oxidar carboidratos, desenvolvimento do potencial aeróbio de todas as fibras musculares, hipertrofia seletiva das diferentes fibras musculares (contração lenta)

RESISTÊNCIA ANAERÓBIA – é a qualidade física que permite a um indivíduo sustentar durante o maior tempo possível, uma determinada atividade em condições anaeróbias, ou seja, em débito de O2.

É um sistema de energia imediato e a curto prazo, produz um aumento dos níveis de substratos anaeróbios em repouso, aumento de cerca de 28%, em repouso, de ATP – CP, Creatinina Livre e Glicogênio, aumento na quantidade e atividade das enzimas que controlam o fracionamento da glicose (nas fibras de contração rápida), aumento da capacidade de suportar os níveis de ácido láctico, aumento dos níveis de glicogênio e aumento da tolerância à dor.

 

*Dr. Adriano Borges Amaral é Terapeuta Manual (atua com os mais diversos métodos de terapia manual), Fisioterapeuta, Professor de Educação Física, Especialista em Fisiologia do Exercício e Mestre em Ciências do Movimento. Professor Universitário e Docente de Cursos de Terapias Manuais. Ele é Diretor Clínico da AFA Fisioterapia e Reabilitação

 

 

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