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‘Violência contra mulheres surdas também cresceu’, diz baiana que criou canal de orientações jurídicas em Libras

Por: Marcos Neves

Uma professora baiana, com formação em Direito e em Letras, criou um canal no youtube e em outras redes sociais para tirar dúvidas jurídicas utilizando a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Laiza Rebouças atua no Centro de Capacitação de Profissionais da Educação (CAS) Wilson Lins, em Salvador, e utiliza as redes sociais para ajudar pessoas surdas em todo estado.

A ideia surgiu porque Laiza, além de professora de Libras, é formada em Direito. Ela conta que muita gente da comunidade surda lhe pedia orientações depois de saber da sua formação acadêmica.

A bacharel em Direito conta que sempre conversava com pessoas individualmente mas com o tempo percebeu que poderia facilitar o acesso se disponibilizasse as respostas em vídeos na Internet. Foi assim que criou o canal JusLibras, (sigla de Justiça em Libras), onde responde as perguntas e fala sobre os temas mais procurados pelas pessoas surdas.

Diagnosticada surda quando criança, Laiza ressalta que encontrou um novo universo quando começou a se comunicar com outros surdos, aos 16 anos.

Hoje, Laiza busca ajudar a comunidade com tudo que aprendeu. As principais dificuldades que as pessoas têm para resolver questões jurídicas, conta a professora, se referem principalmente ao acesso a informações e dificuldades para se comunicar.

Violência doméstica

Desde que começou a dar orientações jurídicas, a professora Laiza notou que um dos principais tópicos tem sido sobre violência doméstica. A bacharel conta que o problema afeta muitas pessoas surdas, especialmente mulheres, que a procuram quando não conseguem denunciar por telefone.

Laiza tem graduação em Letras e em Direito — Foto: Arquivo Pessoal

Além disso, conta a professora, assim como para as mulheres não surdas, o isolamento provocado pela pandemia contribuiu para a diminuição das denúncias e aumento da violência contra mulheres surdas. Laiza explica que dá orientações às vítimas sobre como proceder.

 Fonte: www.g1.globo.com/ba/bahia

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